palavras,
vós sois a poesia.
e nós somos os labirintos por onde viajam
vossos átomos de verbo e fantasia.
até que cesse o vento que vos faz voar,
e repousem nas asas do poema
que acabam de criar.
Tuesday, June 26, 2007
Sunday, June 10, 2007
tremem ao vento do teu sopro
são olhares cruzados
frente a frente,
e sorrisos trocados
num abraço quente.
pouco apertado,
que a distância é vasta,
como um deserto, mas diferente.
e bastam suspiros ao ouvido,
para tremer as árvores do meu ser,
sejam eles do teu peito junto a mim,
e nada é do que tinha sido.
frente a frente,
e sorrisos trocados
num abraço quente.
pouco apertado,
que a distância é vasta,
como um deserto, mas diferente.
e bastam suspiros ao ouvido,
para tremer as árvores do meu ser,
sejam eles do teu peito junto a mim,
e nada é do que tinha sido.
Monday, June 04, 2007
como cai uma flor
no meu jardim há uma árvore. dá flores bonitas na primavera e só se despede delas no verão.
cuido dela como se deve cuidar qualquer árvore. e ela ergue-se vigorosa abraçando as estrelas com braços que só dançam quando lhes sopra o vento. claro que ela trata de mim como é suposto ser tratado por uma árvore. ela acolhe-me sempre, verdejante ou negra, tanto faz.
junto à raiz a terra tem um cheiro diferente, cheira a comunhão. e seja verão, outono, inverno ou a outra estação há sempre nela um espelho múltiplo de sensações. há um jardim tenebroso e oculto para as minhas lágrimas, uma sombra fresca para os meus sorrisos de criança.
quando senti medo da morte, um dia, foi a ela que me cheguei.
caíam os raios de sol oblíquos como se o próprio deus sobre a terra se lançasse.
olhei a copa com flores, fiz as perguntas que tinha a fazer.
a resposta foi a mais clara: lenta e naturalmente, caiu uma pequena flor.
cuido dela como se deve cuidar qualquer árvore. e ela ergue-se vigorosa abraçando as estrelas com braços que só dançam quando lhes sopra o vento. claro que ela trata de mim como é suposto ser tratado por uma árvore. ela acolhe-me sempre, verdejante ou negra, tanto faz.
junto à raiz a terra tem um cheiro diferente, cheira a comunhão. e seja verão, outono, inverno ou a outra estação há sempre nela um espelho múltiplo de sensações. há um jardim tenebroso e oculto para as minhas lágrimas, uma sombra fresca para os meus sorrisos de criança.
quando senti medo da morte, um dia, foi a ela que me cheguei.
caíam os raios de sol oblíquos como se o próprio deus sobre a terra se lançasse.
olhei a copa com flores, fiz as perguntas que tinha a fazer.
a resposta foi a mais clara: lenta e naturalmente, caiu uma pequena flor.
rastejo por medo
nem deus nem o diabo
me mostram caminhos para trilhar,
sou eu quem desenha os rumos a carvão
sobre os dias e as horas que passam,
msmo sem ninguém os contar.
nem éden, nem trevas
ameaçam meus destinos,
renego a luz e a escuridão,
e cruzes, nenhuma, sobre o meu dorso,
que bastam já tantos os que rastejam.
me mostram caminhos para trilhar,
sou eu quem desenha os rumos a carvão
sobre os dias e as horas que passam,
msmo sem ninguém os contar.
nem éden, nem trevas
ameaçam meus destinos,
renego a luz e a escuridão,
e cruzes, nenhuma, sobre o meu dorso,
que bastam já tantos os que rastejam.
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