rastejo na lama de todos nós,
sangue vivo dos lamentos humanos,
desumanos... mesmo primordiais.
cai o olhar em abandono,
um pano branco ondula no ar.
podem os abutres poisar, (vinde necrófagos ao festim!)
assomar-se da alma despojada de alegria e de tristeza,
saciar a fome,
dar graças à abundância
da nossa infinita pobreza.
já nem palpitam as veias,
a dor esvai-se lancinante
em rasgos de culpa e de perdão.
e os corpos exangues arrastam-se pelo chão.
Wednesday, February 20, 2008
à terra o que é da terra
desprendem-se pétalas
sem espasmos
uma a uma
à terra o que é da terra.
como neve,
naturalmente
sobre o manto branco das sílabas do tempo.
sem espasmos
uma a uma
à terra o que é da terra.
como neve,
naturalmente
sobre o manto branco das sílabas do tempo.
realidade
busco dentro a inspiração
mas não há musas que valham
à tristeza.
nem sorrisos que valham à desilusão.
quando me cresce por dentro,
qual erupção,
a vontade de dizer não!
nascem-me pelo corpo as palavras
que pintei nos muros da tua solidão.
e lembro a força das mãos. das nossas mãos.
que enlaçadas florescerão primaveras da raiz da razão.
mas não há musas que valham
à tristeza.
nem sorrisos que valham à desilusão.
quando me cresce por dentro,
qual erupção,
a vontade de dizer não!
nascem-me pelo corpo as palavras
que pintei nos muros da tua solidão.
e lembro a força das mãos. das nossas mãos.
que enlaçadas florescerão primaveras da raiz da razão.
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