é como estar morto,
sentindo que morremos,
esventrados com o coração
a pulsar de morte.
e estar vivo assim
não é mais que respirar soterrado
com o peso de um fogo aceso
pelos dias de um sorriso passado,
como estar morto preso
a ti próprio acorrentado,
sem ter refúgio em vida
senão o do gelo que se agarra à alma,
o do vazio de uma árvore de inverno,
negra, escura, na lua fria esculpida.
já não se desprendem beijos,
os abraços são despedidas,
já não arde o coração
por mais que queime ainda
o gesto, a alma, a lágrima,
a própria morte.
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