é nas mãos do poeta
que o verbo passa a amor,
que o papel se enfeita de cor,
é nas mãos do poeta
que a caneta chora de dor,
que as letras, caligrafadas
batidas, ou pintadas a cor,
se te cravam em chamas
nas costas tatuadas.
poema, vida e morte
se encerram nas veias
dos cadernos que te respiram.
Sunday, August 31, 2008
Wednesday, August 06, 2008
de frente contra o muro
conheceram-se há vinte anos depois das aulas. desde aí que seguiram juntos. sempre, de beijo em beijo, de sorriso em sorriso, de filho em filho, de casa em casa, até baterem no muro da rotina.
e só então perceberam que é esse muro que os mantém juntos e que o seu cimento é o mais forte sentimento de amor.
e só então perceberam que é esse muro que os mantém juntos e que o seu cimento é o mais forte sentimento de amor.
horizonte
sei que nunca te vou perder
porque o horizonte é para sempre
o mar não seca,
os rios não voltam atrás.
trarei teu sangue e tua alma
com ele, em mim, a cada abraço,
a cada passo,
e ao meu lado,
caminhas em frente,
sem olhar para trás.
porque o horizonte é para sempre
o mar não seca,
os rios não voltam atrás.
trarei teu sangue e tua alma
com ele, em mim, a cada abraço,
a cada passo,
e ao meu lado,
caminhas em frente,
sem olhar para trás.
Monday, August 04, 2008
silhueta
com os dedos no piano, percorro em mim o teu dorso, como se aqui te tivesse. sob as minhas mãos, as teclas a preto e branco, lembram-me o vestido que trazias na única noite em que te vi.
e enquanto o piano me toca, reverberando as minhas cordas, espreito a porta com a esperança que se abra e de lá, por entre o escuro e a fresta de luz amarela, surjas tu.
e enquanto o piano me toca, reverberando as minhas cordas, espreito a porta com a esperança que se abra e de lá, por entre o escuro e a fresta de luz amarela, surjas tu.
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