Friday, July 07, 2006

sob os teus dedos

há dois milimetros de ar

in
fi
ni
tos

e logo a minha pele.

sob os teus dedos há uma dança
um remoinho
um assobio

sob os teus dedos
há dois centímetros
de calor
e,
logo,
a minha pele.

5 comments:

miguel said...

o amor enche os poemas. como se eles ja existissem antes, mas apenas como balões vazios.

Inês Santos said...

escrevem-se a si próprios, nunca tive dúvidas.
eu sou só veículo.

miguel said...

http://open-sourcepoetry.blogspot.com/2006/04/nosso-o-gesto-verdadeiro.html

Inês Santos said...

e além de tudo, não há nada que eu escreva que já nao tenha sido escrito, às vezes melhor, às vezes por ti.

o gesto é, no entanto, meu. e verdadeiríssimo!

miguel said...

o que eu queria dizer é exactamente isso. quando o gesto é verdadeiro quer dizer que ele sempre existiu e que só esperou por nós para acontecer? nos fomos a porta por onde ele passou para o mundo? em japonês, o radical do kanji para "homem" é quase quase igual do de "porta" :)