as pequenas estórias, os pequenos momentos ou episódios de amor, são sempre os mais tocantes, também os mais fáceis exercícios de escrita lírica. o amor traz-nos a lágrima, o sorriso, as palavras sensíveis existem em cada um de nós, muito embora alguns não as pronunciem ou escrevam com ligeireza. E lá ligeiro é coisa que o amor não é, nem poderá ser porque o amor, como nos sorri, nos dói. E é-nos, pois, fácil exaltá-lo. Porque todos o queremos e desejamos, o temos, tivemos ou teremos.
Tentemos a impenetrabilidade da alma, a serenidade total da ausência do amor e certamente encontraremos becos escuros dentro de nós que não conhecíamos. E esses becos, inexoravelmente, nos conduzirão ao amor. E o amor é uma chama que arde mesmo apagada, sofrida ou em sofrimento. E é tal o seu poder que uns nascem por ele, outros morrem.
A certa altura Camus escreve, a pretexto da Peste avassaladora, que o amor não existe sem a Humanidade. Por outras palavras, claro está. E tais são que jamais me atreveria querer igualar ou sequer invocar a sua lembrança e estilo de autoria própria. Mas o que é certo é que esse amor é o que Existe, o que permanece. Esse amor é a trave mestra do mundo. Mais difícil escrevê-lo, que as odes dificilmente cantam tal grandeza. E muito menos as minhas, pobres perante o maior centro de gravidade do universo: o humanismo. E hoje, o humanismo é o comunismo.
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1 comment:
Nem mais.
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