dói-me a tua morte anunciada.
os pulmões pesados,
o ar que dificilmente
te alimenta.
dói-me a saudade súbita
do sorriso nos lábios com que ano apos ano
te aproximei o cinzeiro ao queixo
para evitar
a cinza que sujasse os papeis
os livros
os filmes
o trabalho
os pulmões.
aqula vez em que
esqucido dos impropérios
flirtaste comigo.
o vestido vermelho a roçar-me a pele
e tu subitamente bem disposto, amigo
dói-me a saudade súbita
da distancia
dos cinzeiros sujos, cheios de vida
dos sorrisos desproporcionados, inusitados, inesperados
do livro que me mandaste
como tu, súbito.
dos cinzeiros
dos livros
dos risos
de ti.
nao morras ainda.
vou a caminho.
Friday, June 16, 2006
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1 comment:
merece.
homens assim não morrem.
em meu nome e doutros tantos:
Obrigado.
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