desprendi-me do tempo.
corre-me o sangue que estancara,
dá-me vida, corpo e alma.
levantam-se madrugadas,
erguem-se novas moradas,
onde há lareiras
cortinas escuras
e cadeiras
e um espelho baço
de futuros
e passados.
sou o momento.
não tenho lugar no tempo,
minha existência é uma fugaz coincidência
da espessura de um reflexo.
sou película ínfima dos desejos
humanos de imortalidade.
eu e tu,
separamos como fios de navalhas agudas,
as componentes do tempo.
projecções de mil ideias resignadas
outras tantas revoltadas.
desprendemo-nos do tempo.
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1 comment:
*****
5 estrelas!
;)
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