lá onde o ar é sangue,
e pelas suas entranhas
se suspende o próprio povo.
onde as veias pulsam dor,
brotando sempre de um braço novo,
lá onde o vento é fulgor,
é gente resistente,
não há pedras estranhas,
nem liberdade persistente,
há blindados que cospem morte,
balas que matam gente.
lá onde a terra fala fogo,
e a ira é triste canção
a pedra em vez de flor,
ainda hoje brota do chão.
tristes poetas dessa pátria,
vosso rosto erguido,
amputada a terra, escreve o amor.
poema inteiro o vosso,
decapitado na dor.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
very triste...indeed.
a humanidade, no geral, ainda é muito primitiva.
Post a Comment