o que eu queria mesmo
era poder esculpir um poema
como quem esculpe uma pedra
conhecer-lhe a dureza,
a clivagem e a partição,
a estrutura,
poder escoprá-lo, dar-lhe um nome, uma cor.
retocar-lhe uma aresta,
até que a rocha bruta se me surja
em estrofes e versos
com a luz da manhã
e rimas alternadas
de minerais, metáforas e cristais.
lembrei-me entretanto,
que não sei escrever na pedra,
nem esculpir no papel.
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2 comments:
Belíssimo o teu poema!
Esculpiste a palavra certa
primorosamente cinzelada
na pedra agora desperta
em folha sem arestas de...nada!
abraço
belo poema!!
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