construimos um dia de novas alvoradas
sem uma única hora perdida,
a cada passo, a cada luta abraçada,
o sonho transforma-se em vida.
é a força de ser infinito,
de ser antigo e porvir,
a força dos homens, das mulheres,
dos jovens, do partido,
o tronco da árvore do futuro
em que as folhas serão dias melhores.
Wednesday, April 26, 2006
Tuesday, April 25, 2006
ninguém pode parar a primavera
se fossem asas as bandeiras
se fossem ventos os sorrisos,
bandos de gentes verdadeiras
hoje riscariam os céus em vez das avenidas.
de vermelho tingido, o povo caminha
no rumo do futuro que, contra quem queira,
há-de construir, erguido
sobre escombros do que resta da fome mesquinha.
se fossem ventos os sorrisos,
bandos de gentes verdadeiras
hoje riscariam os céus em vez das avenidas.
de vermelho tingido, o povo caminha
no rumo do futuro que, contra quem queira,
há-de construir, erguido
sobre escombros do que resta da fome mesquinha.
Saturday, April 22, 2006
ao 25 de abril
construiu-se erguido a braços,
levantado sobre o sangue
de quantos lutaram contra a noite
até que fossem possíveis os abraços.
construiu-se o dia na própria escuridão,
lutou-se fazendo arma da carne humana,
e foram gritos em silêncio
que nos fizeram erguer a cara do chão.
e durante os anos o fascismo bateu,
mutilou a esperança colectiva dos homens,
e não chegaram os dias de desânimo,
porque em derrotas e vitórias, o povo aprendeu.
aprendeu a construir, a rir
aprendeu a ler, a ouvir
aprendeu a cantar, a lutar
aprendeu a gritar, a vingar
aprendeu a crescer para lá dos muros da opressão,
fez um mundo novo com as ordens do coração.
levantado sobre o sangue
de quantos lutaram contra a noite
até que fossem possíveis os abraços.
construiu-se o dia na própria escuridão,
lutou-se fazendo arma da carne humana,
e foram gritos em silêncio
que nos fizeram erguer a cara do chão.
e durante os anos o fascismo bateu,
mutilou a esperança colectiva dos homens,
e não chegaram os dias de desânimo,
porque em derrotas e vitórias, o povo aprendeu.
aprendeu a construir, a rir
aprendeu a ler, a ouvir
aprendeu a cantar, a lutar
aprendeu a gritar, a vingar
aprendeu a crescer para lá dos muros da opressão,
fez um mundo novo com as ordens do coração.
Wednesday, April 19, 2006
se os tive...
voaram os pássaros da minha alma
escorreu-me o sangue em rios
e, desabitado, vivo a noite que caiu
entre folhas de árvores de um bosque que nunca existiu.
venho por esse caminho difuso,
a cada passo, levantando o pó cansado,
e viajo sem olhar para trás,
e à frente abrem-se horizontes vazios.
escorreu-me o sangue em rios
e, desabitado, vivo a noite que caiu
entre folhas de árvores de um bosque que nunca existiu.
venho por esse caminho difuso,
a cada passo, levantando o pó cansado,
e viajo sem olhar para trás,
e à frente abrem-se horizontes vazios.
Sunday, April 16, 2006
Tuesday, April 11, 2006
planície vermelha
vasta a lonjura que se estende
nos dias de sol vermelho
espraiando sopros em rasgos à tua frente,
vasto planalto do meu sangue
que te plantas em larga planura
abre-te ao povo exangue
que desde a manhã te procura
deixa o sol ir-se.
tornará vezes sem conta à sua altura de meio-dia,
donde choverá em gotas de calor sobre nós.´
nos dias de sol vermelho
espraiando sopros em rasgos à tua frente,
vasto planalto do meu sangue
que te plantas em larga planura
abre-te ao povo exangue
que desde a manhã te procura
deixa o sol ir-se.
tornará vezes sem conta à sua altura de meio-dia,
donde choverá em gotas de calor sobre nós.´
Monday, April 10, 2006
apenas pó... hoje és apenas pó
dizes que a vida te traiu,
te cansou por acumulação
de momentos vividos sem pulso
empilhados como livros velhos
na estante do teu peito amolecido,
dizes que a vida te viveu,
sem que a vivesses respirando,
foste o ar em vez do pulmão,
consumido assim, (sem que passasse a primavera)
numa só inspiração.
e ainda hoje, que és pó
porque te abandonaste (?)
vives olhando o rio, só,
onde procuras o reflexo de uma alma
que nunca viveste.
te cansou por acumulação
de momentos vividos sem pulso
empilhados como livros velhos
na estante do teu peito amolecido,
dizes que a vida te viveu,
sem que a vivesses respirando,
foste o ar em vez do pulmão,
consumido assim, (sem que passasse a primavera)
numa só inspiração.
e ainda hoje, que és pó
porque te abandonaste (?)
vives olhando o rio, só,
onde procuras o reflexo de uma alma
que nunca viveste.
Thursday, April 06, 2006
inconstância da chuva perante nós
às vezes eu quero falar com a chuva.
às vezes quero chorar com ela.
às vezes a chuva recusa-me,
outras vezes acolhe-me mesmo quando faz sol.
às vezes quero chorar com ela.
às vezes a chuva recusa-me,
outras vezes acolhe-me mesmo quando faz sol.
é nosso o gesto verdadeiro?
pegamos na caneta para escrever, ou nós somos a caneta de uma natureza que espera nascer?
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