meu amor.
tenho estado a beber rum contrabandeado, à espera que o telefone toque e do outro lado esteja um amante antigo. tenho estado a pensar na vida, nos espaços deixados, nos amigos que estão sempre longe, mesmo quando lhes toco e eles me tocam e nos podemos ouvir.
meu amor.
hoje apanhei sol e tive saudades tuas, e agora o rum conforta-me a pele queimada. os gatos estão assanhados, querem colo e não sei porquê. estou sozinha em casa, a beber rum e a pensar na vida e os gatos querem atenção.
é tarde em lisboa e faltam-me as palavras. se tivesse mais palavras ligava-te, dizia-te a falta que me fazes, contava-te todas as coisas que nunca há tempo para contar, mesmo quando a noite é longa, e o vinho é muito e estamos juntos nessa lisboa aparecida.
fazes-me falta.
Monday, May 15, 2006
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment