Monday, May 29, 2006

olhar e não ver, tocar e não sentir

assustam-me as horas negras,
espectros necrófagos das traves da minha alma,
que se some, consome, entre os claustros
fechados do meu corpo.
assustam-me os vazios brancos,
fantasmas singulares de gravidade,
que me esmaga, consome, entre os intervalos
abertos dentro de mim.

1 comment:

Anonymous said...

Muito profundo.
Eu diria mpressionante... não é que os outros não sejam bons, mas este tem qualquer coisa de especial... é mais um daqueles feelings aqui da tua amiga despassarada.
Acho que te deves estar a confrontar contigo próprio, ou qualquer coisa assim.
É do tipo de coisas que os cromos da literatura deveriam gostar de analisar e massacrar as cabeças dos alunos com as suas interpretações.
Pois é amigo, o teu tempo ainda está para vir. Se te sentes em baixo, a seguir só podes ir para cima.