rastejo na lama de todos nós,
sangue vivo dos lamentos humanos,
desumanos... mesmo primordiais.
cai o olhar em abandono,
um pano branco ondula no ar.
podem os abutres poisar, (vinde necrófagos ao festim!)
assomar-se da alma despojada de alegria e de tristeza,
saciar a fome,
dar graças à abundância
da nossa infinita pobreza.
já nem palpitam as veias,
a dor esvai-se lancinante
em rasgos de culpa e de perdão.
e os corpos exangues arrastam-se pelo chão.
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1 comment:
Já há muito que não passava por aqui. Um pecado que certamente não me levará para o inferno. (conheço um padre porrrreiro, pá, duas velas tratam do assunto)
Tenho sempre gosto em ler a tua poesia.
Fernando Manuel Pereira
sempreemluta.nireblog.com
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