o poema não é verbo transitivo,
nem estado transitório,
não é complemento,
nem suplemento,
é essência e acessório,
núcleo e orbital,
periferia central.
inspiração e expiração,
é céu, inferno, purgatório,
tua mais sagrada oração,
teu canto expiatório
de pecados, indiferenças e virtudes.
é pedra fria, terra molhada
montanha de insuperáveis altitudes
vulcão incandescente,
amor ardente,
lugar comum. comum a toda a gente.
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4 comments:
"A poesia não serve - ponto!"
Errado...
Sendo isso tudo, não serve
o coração de quem a escreve?
Ou escrevê-la não será já
servir tudo o que se sente?
beijo
para que não haja mal entendidos. serve para muito mais que auto-satisfação, pode até servir para fazer a revolução.
Além do que já foi dito a poesia serve para eu poder respirar...
Beijo
E agora?
Agora nada.
Mais poemas.
Para não morrer asfixiado.
Só sei respirar por intermédio das palavra.
Quantas vezes já repeti este poema do Zé Gomes Ferreira? Quantas vezes ainda o repetirei? Sei lá... quantas quando como, agora, me apareçam poemas destes pelo caminho.
Um grande abraço
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