Friday, October 10, 2008

sem título

o meu amor é uma navalha
aguda, de reflexo crepuscular
que me sangra,
e o sangue me falha
vivo, vermelho, a palpitar
e eu, exangue, me exalto.
não há dor que me ascenda tão alto
e quase morto, sorrio.

1 comment:

Maria said...

Fortíssimo, o teu poema...