Tuesday, November 18, 2008

o tempo polui

o tempo destrói-me as veias
desvanecem-se-me as dores,
os horrores.

esvaem-se-me os sorrisos
antes abertos, ora perdidos.

não pode gritar mais o meu pulmão
sôfrego, lento,
tão lento quanto bate meu coração.
já não batem as asas do sonho
de ontem à noite.

chegou à cidade o tempo,
ninguém diria como corre irrevogável,
irreversível - e não me iludo
que ele não me espera.

4 comments:

Maria said...

Polui.
Mas não deixes que te corroa...

miguel said...

mas corrói. pouco ou muito, mas corrói. não podemos é permitir que chegue sequer perto das traves mestras dos nossos princípios.

ausenda hilário said...

O tempo não corre
navega...
ondulando-se
como serpente
que carrega...
no seu esgar
o veneno
e antídoto para o tempo
é a força do querer
e do sentir
que o tempo
não existe...!

Um beijo

http://poemas76.blogs.sapo.pt

Anonymous said...

o tempo passa a correr
corroi mas tambem trás
o desejo de percorrer
a vida que não volta atrás