como eu fora uma ponte para outro lado
passam laminadas as águas beijando as margens
do rio que me corta a alma, afiado
sou uma ponte de mim
entre o lado que diz não
e o lado que diz sim,
passeia entre a minha própria neblina
e a altura continuará a ser incógnita
por não sabermos a que distância estamos de deus,
por quanto me estendo, não saberei,
pois moram longe os destinos dos homens.
homem eu?
de que lado de mim descansam esses ossos
que me puxam para a infinita mortalidade...?
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment