dizes que a vida te traiu,
te cansou por acumulação
de momentos vividos sem pulso
empilhados como livros velhos
na estante do teu peito amolecido,
dizes que a vida te viveu,
sem que a vivesses respirando,
foste o ar em vez do pulmão,
consumido assim, (sem que passasse a primavera)
numa só inspiração.
e ainda hoje, que és pó
porque te abandonaste (?)
vives olhando o rio, só,
onde procuras o reflexo de uma alma
que nunca viveste.
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1 comment:
ai! que pena de quem assim falou, quem dera que nunca isso eu diga.
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