Sob a minha pele
Andam escaravelhos,
Irrequietos amantes de danças ocultas.
Sobre ela nascem árvores,
Carvalhos, velhos.
Sou a rolha de dois mundos,
Por dentro sul, por fora norte,
Na tempestade, calma,
Na brisa, agitação.
Sou tanto puro quanto imundo,
Tanto azar trago como sorte,
espectro sem alma,
que repta, abaixo do chão.
Entre mim e o ar,
O próprio sulco sou eu.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Ah!, camaradas... que belas coisas aqui trazes. Obrigado por elas, embora pressinta um travo de mais que inquietação, de alguma incontida insatisfação. A tua poesia - que o é - tem muito de catártico. Como a maior parte da poesia, talvez.
Um abraço
Posso estar errada, mas acho qua as personalidades quietas não escrevem lá grandes poesias... viva a inquietação ;)
Post a Comment