Friday, March 06, 2009

noite

sobre a mesa, descansam agora os copos vazios. num deles ainda se nota a marca dos teus lábios.

gosto de acordar e ver que a noite se prolongou, que os cigarros arderam sozinhos no cinzeiro e que os copos ficaram abandonados na mesa da sala.

gosto de te ver nua, cruzando o corredor, que espreito deitado.

gosto do lume dos teus beijos, do sopro do teu corpo.

ao lado da cama, as roupas renitentes, fazem qualquer dos dias parecer sábado de manhã.

3 comments:

Maria said...

É muita bonita a tua maneira de escrever poesia...

miguel said...

obrigado, maria.

Sérgio Ribeiro said...

como as palavras podem ter a força e a beleza de descrever o belo e o forte sentir.
chama-se poesia a esses sinais e sons que assim são capazes de contar? claro!

Um abraço