e se um dia
quando a manhã te chegasse
rompendo o sono e o sonho
pelo fio de luz por baixo da porta,
trouxesse tudo novo,
como fosse primeiro vento de primavera,
ou tua primeira vez em corpo inteiro?
como fosse primeira vez
que fazes amor queimando a própria areia
com o fulgor que te cobre a pele,
mesmo no frio dos primeiros raios de sol
sobre o mar, ali, naquela praia.
como fosse o fim de um princípio
iniciado antes mesmo de nasceres
e que nessa manhã nova se mostra
como a flor do teu jardim antes fechada
ora viva como chama.
como os olhos se te abrissem hoje
e não antes,
certo agora de que um mundo existe,
palpitante, expectante,
onde faltava apenas tua vida,
por estar apagada, adormecida.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment