Thursday, September 29, 2005

águas negras

os cabelos longos negros
em queda como águas,
cabelos índios do norte
à luz de uma janela fechada,
trazem distância
de um trilho estreito para a morte.

caídas ao longo de um anjo perdido,
as águas negras
escondem um beijo esquecido
da noite que foi noite até ser manhã.

do toque embalado na dança do olhar
cruzado entre o céu, a escuridão e corpo de mulher,
fica um sorriso para nos lembrar,
de um gesto desenhado no tempo
até que as rochas voltem a falar.

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