viver entrelaçado com a raíz
que nos cresce dentro,
e nos liga a uma terra
que não podemos abraçar
é estar sob o olhar
de nós próprios, no ar
como uma folha verde
caindo antes do início do tempo.
o chão, feito de terra,
dá luz por espigas de trigo
em onda amarela,
vaga ténue, chama,
onda pequena, fogo,
soprado pelo vento do sul
que nos afaga, quente.
por cima e em toda a volta,
um mar de bálsamos sem odor,
lembra-nos a total entrega
a um novo mundo sem dor.
embriagados de nós e dos outros,
dos licores e outros sabores,
sentimos os frutos vermelhos,
gosto de ti e do beijo que trazes
nos lábios de mulher.
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