O cigarro queima já os dedos
por sustentar a existência
frente ao papel em branco
à mesa do café
os quadros nas paredes
dizem que as cores falam por nós
nas mãos dos outros
que nos amparam o ser
as pedras da calçada lá fora
lembram-nos os passos por andar
e a viagem pela estrada
que havemos de trilhar
entre nós e o nada
desenhou-se em fumo
um espelho
com o esmagador reflexo
do nosso próprio olhar.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment