e se nascesses
estupidamente consciente
de que este mundo não é teu
não lhe pertences,
é antes fatia larga de breu
do nocturno pesadelo recorrente.
e se acordasses
como um acorde fora de tempo,
uma pausa descontente,
uma pauta estridente,
e no mundo a que não pertences,
à tua volta entendesses
rostos, olhos e contornos,
de iguais entre um mundo que não reconheces.
entre aquelas chuvas estranhas,
entre as folhas caídas do outono,
o pálido amanhecer do teu próprio ser
é agora a força que te vem das entranhas
por saber
que entre um mundo alheio,
alheios estão quantos conheces e vais conhecer.
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